Há histórias e estórias...
História e estória são, em rigor, duas possibilidades gráficas da mesma palavra.
Contudo, foi só há relativamente pouco tempo que a grafia “estória” começou a ganhar visibilidade, o que no meu entender se deve, em larga medida, a uma moda – porque a língua também é afectada pela moda, e não é pouco. Basta pensarmos nos nomes próprios que se põem aos bebés em determinadas épocas, conforme personagens de livros (antigamente) e de telenovelas, ou vedetas da vida real (hoje).
Assim, nota-se que muita gente, inclusive autores de literatura portuguesa e juvenil, usa preferencialmente o termo "estória" quando o significado é "narrativa ficcional, fantasiosa", optando por reservar o segundo para os contextos em que signifique "relato ou sucessão de eventos factuais".
Todavia, nada nos impede de usar apenas a grafia história para ambos os sentidos, já que ela também contempla o significado que hoje se atribui a estória. O que não é aconselhável é usar o termo estória quando nos referimos à disciplina científica que descreve factos reais (a tal História com maiúscula), ou a uma qualquer narrativa que seja baseada em acontecimentos que tiveram, de facto, lugar.
Porque, ao que parece, afinal, uma coisa são as histórias, outra as estórias...
1 comentário :
A primeira vez que ouvi que estória foi numa aula da prof dr Luísa Araújo... no meu 2ºano ...
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