Vírgula intrusa
Não é um ditado popular, mas podia ser. Qualquer coisa como "se há vírgula entre sujeito e predicado, já está o caldo entornado." Ou "entre predicado e sujeito não se mete vírgula a eito"...
Não tenho dúvidas de que quase todos os leitores deste blogue ouviram as suas professoras (porque eram quase sempre "elas") dizerem, na escola, que nunca se deve pôr vírgula entre o sujeito e o predicado - sendo este dos poucos critérios que regem o emprego da vírgula (para não dizer o único) do qual têm consciência.
Então, por que razão ainda acontece tanto colocar-se errada e involuntariamente a vírgula entre o sujeito e o predicado? Ora, decorar a regra é simples, mas conseguir identificar o sujeito e o predicado em todas as orações é muito mais difícil...
Num certo cartaz que ainda se vê hoje pelas ruas está escrito, por exemplo, que «Abstenção, não é solução». É caso para dizer que está o caldo entornado - no que toca à pontuação, claro. Porque nada tenho contra a ideia expressa na frase!
2 comentários :
Lindo!
eu penitencio-me ...
pertenço a esse grupo.
Não dos abstencionistas, claro!
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