A eterna dúvida... à ou há?
Para muita gente, a eterna dúvida prende-se com a diferença entre à e há.
à é a contracção entre o determinante (artigo definido feminino) a e a preposição a. O acento grave indica isso mesmo: que por “debaixo” daquela letrinha estão duas palavras diferentes. Usa-se sempre que a construção exige a preposição a e a ela se associa o artigo a. Por exemplo em: “Ontem fomos à praia” ou “Passa tu à frente.”
Entendo que não é fácil perceber que falta poderá fazer o artigo a naquelas frases (depreendendo que se juntam os a de ir / passar a + a praia / a frente). Mas, para dissiparem as dúvidas, basta substituírem a preposição por outra, por exemplo para: não só verificarão que a frase continuará a fazer sentido, mesmo que a preposição não tenha exactamente o mesmo significado (“Ontem fomos para a praia”, Vai tu para a frente.”), como ainda constatarão que usam o artigo a – portanto ele estava, de facto, lá.
Entendo que não é fácil perceber que falta poderá fazer o artigo a naquelas frases (depreendendo que se juntam os a de ir / passar a + a praia / a frente). Mas, para dissiparem as dúvidas, basta substituírem a preposição por outra, por exemplo para: não só verificarão que a frase continuará a fazer sentido, mesmo que a preposição não tenha exactamente o mesmo significado (“Ontem fomos para a praia”, Vai tu para a frente.”), como ainda constatarão que usam o artigo a – portanto ele estava, de facto, lá.
Portanto, na frase “Chegámos há uma hora, ou seja, à uma em ponto”, temos os dois parónimos juntos. Mas nem por isso nos baralhamos: na primeira oração, confirmamos o uso do h com a substituição pelo verbo fazer: “Chegámos faz uma hora”. Na segunda, alteramos a preposição, para confirmar que se trata do à: “pela uma em ponto.”
6 comentários :
esta já n me engano :p
professora espero um mail seu com a foto do novo rebento :D
beijinho
Obrigada, Joana! E quando eu deixar de escrever durante mais de 3 dias, já sabem que foi por ter nascido o bebé!
Boa, aqui está um post acerca daquele que é provavelmente o erro de português mais comum. Em segundo lugar é capaz de vir o benvindo/bem-vindo. Ou o aderência/adesão. Ou xeque/cheque. Ou ainda descriminar/discriminar. Olha, não sei quem vem em segundo...
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
S., se me permites uma dúvida: diz-se "não haja erros" ou "não hajam erros"?
Penso que é a segunda opção, pois "hajam" é que é a terceira pessoa do plural do imperativo do verbo haver. Mas soam-me as duas bem.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Jaime, já falámos sobre o verbo HAVER no post do dia 9 de Julho, cujo título é "Hão coisas que não percebo". De qualquer modo, torno aqui a lembrar que o verbo HAVER, quando é impessoal (sinónimo de "existir"), nunca se conjuga no plural - em qualquer Tempo e Modo verbais. Por isso, a construção correcta será: "não haja erros" (Presente do Conjuntivo), tal como no Presente do Indicativo dizemos "não há erros" e não "não hão erros".
S., desculpa, não me lembrava do post. Obrigado pela resposta.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
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