Ainda a “rúbrica”!
“Rubrica, para um pequeno apontamento, e rúbrica, para uma assinatura breve” – assim pensa a maioria das pessoas.
RUBRICA é, hoje em dia, uma das palavras utilizadas incorrectamente, quer na oralidade, quer na escrita. Contudo, a sua história ajuda-nos a esclarecer eventuais dúvidas. Viajem comigo!
Tendo a sua origem no latim rubrica, estava relacionada com “rubro” (vermelho) e designava “terra, argila vermelha” ou “giz de cor vermelha”. Os títulos dos livros antigos e dos manuscritos medievais eram sempre escritos a vermelho, daí a designação rubricas.
Actualmente, os dicionários registam rubrica como o título dos capítulos de livros de direito civil, significado este que se foi alargando para “pequeno apontamento ou indicação”. Posteriormente, a palavra rubrica passou a designar também uma assinatura abreviada.
Em suma, trata-se de uma palavra com acento tónico na penúltima sílaba -bri- e sem qualquer acento gráfico na vogal u. RUBRICA, portanto, em todas as acepções.
Espero que esta rubrica tenha sido esclarecedora, para que na altura de assinarem um documento, possam perguntar com um ar decidido: “Desculpe, onde quer que eu faça a rubrica?”
24 comentários :
ainda ontem na farmácia me pediram uma "rúbrica" :p
Mas aposto que não disse nada! Afinal, não é nada simpático corrigir os erros dos outros... e às vezes ainda teimam que têm razão!
Pois comigo era o que faltava, é uma afronta à língua e corrijo quem quer que seja. Nem a pessoa me pediu para ser corrigido, nem eu pedi que me falassem mal. E tal como educadamente corrijo, aprecio que da mesma maneira mo façam. ;)
Eu acho digno que corrijam. Porém, como eu faço, prefiro que seja corrigido apenas na presença das duas pessoas envolvidas.
Sr. ou Sr.ª "Casccalense", se me permite, então, o mais correcto será "E tal como, educadamente, corrijo, aprecio que, da mesma maneira, mo façam." Ou seja, tanto a palavra "educadamente", como a expressão "da mesma maneira", terão que ser escritas entre vírgulas.
Educadamente, me despeço,
Telma Silva (:
p.s - Sr. Maicon Macêdo, de facto, o mais sensato seria corrigir a pessoa que proferiu ou escreveu o dito erro em separado; contudo, nem sempre é possível e há erros "fatais" que deverão, indubitavelmente, ser corrigidos na hora! (:
Telma Silva
Sr.ª Telma Silva, só estou comentando porque, de facto, qualquer um, assim como eu, admiraria sua culta maneira de dissertar. :) até mais!
- Bruna Rossi Enumo.
Srª Bruna Enumo, "admiraria" ou "admira" mesmo?! ;P Agradeço a simpatia e até mais.
Desculpe a minha ousadia, mas a sua nacionalidade é Brasileira?
Cumprimentos.
Telma Silva
Qualquer um que viesse a conhece-la, admiraria.
:) - Sim, brasileira. Por causa do "facto"?(risos)..
Era um costume meu.
Até mais!
Bruna.
Olá, Bruna! (:
Não foi pelo "facto", foi mesmo: pelo gerúndio "comentando"; por não ter escrito o artigo definido "a" antes do pronome pessoal "sua" e, finalmente, por se ter despedido com "até mais" (expressão muito utilizada, sobretudo, por Brasileiros... "Áté máiz")! ;p
Cumprimentos,
Telma Silva
P.s. - Bruna, também por causa dos seus Apelidos, Rossi Emuno. Se não for alcunha, esses nomes não são de origem Portuguesa! (:
Prezados,
admirei os comentários de v.sas., que admirável é a nossa lingua portuguesa, desculpe sou meio analfabeto.
JOO
existe alguma acentuação na conjugação do verbo rubricar no presente do indicativo?
Não!
Confirme:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?sel=exact&query=rubricar&action=simplesearch&base=form
- Além de provar que escreve, também observa bem! (:
Bruna.
ENtão e a RÚBRICA de um balancete em contabilidade??
Não será também uma rubrica?
Sobre os comentários acima, eu não concordo e nem discordo, muito pelo contrário.
Corrigido então: da mesma maneira "me" façam.
Prezada senhora Telma que tão douta chegaste a corrigir-nos, parabenizo-te seguro por teus já tam firmes conhecimentos da lusitana língua (os quais se já amostram oriundos de erudição por longa usança assentada); entretanto, reservo-me a discordar de tua normatizaçâm virgular. Não, clara dama, pois conquanto nam vos oponha misérias nem víboras mil (como fazem os incultos, no intuito de meramente ofender nossa lingoagem, que é a memória do grão Camões), nom me parece certo o posicionamento da vírgula.
Considera que, quais na fala muito são os ritmos prosódicos -- e mais que estes as ênfases o são --, destarte muitos são da pontuação os locos. Com efeito, não há relevo desambiguatório a postura ou não do dicto signo, exemplarmente, no trecho "tu que por guerras cruas tais e tantas e por teus trabalhos vãos nunca repousas", embora eu, pessoalmente, prefira "tu que, por guerras cruas -- tais e tantas -- e por teus trabalhos vãos nunca repousas". Aonde quero chegar? Deveras ao ponto da licença: cabe, mais que a todos, ao interlocutor verbígero a escolha, dentre todos os meios, daqueles que mais lhe servirem, à luz da Tradição e da Beleza, ao logro de seu fim.
Nossa, que povo chato, um querendo ser melhor que o outro...aff
Sim, também se escreve rubrica, pois sua pronúncia correta é com tonicidade no i.
Certamente serão encontrados erros em minha grafia se observadas as regras de Portugal, pois sou brasileiro.
Concordo, Joelma. Embora goste de escrever e falar com correção, para tudo há limite, e este se encontra muuuuito antes desse falatório todo.
Na boa, muito mimimi. Eu, por exemplo, procuro falar e escrever corretamente, mas, já pensou a chatice de ler um monte de texto rebuscado, tipo "so quero ser"? Ah, vão tomar banho. Mais importante do que "frescar" com a língua, é se comunicar com eficiência.
E, tenham certeza, com esse palavreado cheio de "sou bom em português" de vocês, certamente não conseguiriam se comunicar com a grande maioria das pessoas, pois seu modo de linguagem configuraria um ruído.
Grande merda "falar bonito" e não se fazer entender.
Beleza Jeisael! Falou e disse.👏
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