22 junho 2011

ACORDO ORTOGRÁFICO: contra e a favor

Eis uma síntese dos argumentos contra e a favor do acordo, para reavivar a polémica e ver se aparecem mais comentários neste blogue...

CONTRA O A.O.

1. O Acordo falha redondamente o objectivo de criar uma norma única, porque a ortografia da língua portuguesa continua a ser diferente entre Portugal e o Brasil (vejam-se facto/fato, planejar/planear, registo/registro, perspectiva/perspetiva, recepção/receção, Amazónia/Amazônia, etc...).

2. O A.O. traz custos elevados e desnecessários a inúmeras instituições públicas e privadas, desperdiçando o dinheiro dos contribuintes em tempo de crise.

3. O inglês, o árabe, o francês e o espanhol, que são das línguas mais faladas do mundo, nunca precisaram de acordos ortográficos para garantirem a sua importância mundial e cada uma tem mais de 10 variantes! Então para que precisamos nós dessa falsa e inútil unificação?

4. Portugal é um Estado independente e a língua portuguesa é indissociável da nossa identidade como portugueses. Ceder a vontades estrangeiras é sacrificar a nossa língua aos interesses dos outros.

5. Se continuarmos a seguir o critério fonético, por oposição ao etimológico, iremos descaracterizar por completo a nossa língua. Pouco faltará para escrevermos “oje”, “naxer” e “keres”...

6. Além de desnecessária e antieconómica, a mudança vai gerar insegurança: muitos adultos vão sentir que têm de voltar à escola para aprenderem de novo a escrever...

A FAVOR DO A.O.

1. Não se trata de uma mudança dramática na ortografia, como certos opositores pretendem, mas da alteração gráfica de apenas 1,6% das palavras usadas na variante PE e de 0,5% na variante brasileira.

2. Uma única ortografia facilita a aprendizagem no ensino do português numa perspectiva internacional.

3. O A.O. permite que um único documento, numa grafia única, represente todos os países da CPLP internacionalmente.

4. A criação de uma norma única põe fim à situação (exclusiva do português, entre as línguas europeias) de haver duas normas ortográficas oficiais.

5. O A.O. tem contribuído amplamente para a criação e o aperfeiçoamento de uma série de recursos fundamentais da língua portuguesa que até agora eram inexistentes.

6. Os estudantes portugueses têm hoje, como se sabe, sérias dificuldades na escrita, que comprometem o seu sucesso escolar. A aplicação do A.O. poderá contribuir para reduzir o número de erros ortográficos que cometem.

11 comentários:

  1. Não posso concordar com o ponto 6 a favor do A.O. Isso parece saído da boca do Sócrates (o ex-PM)!

    Se há dificuldades na grafia, então tem de se investir mais no estudo dos alunos nesse campo. Facilitar raramente dá bons resultados.

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  2. Bem... não foi o Sócrates mas...:

    “Como a ortografia vai ficar muito semelhante à forma como falamos, os nossos alunos vão dar muito menos erros.”

    Simonetta Luz Afonso

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  3. O meu comentário é que antieconómico se escreve sem hífen tanto antes quanto depois do Acordo.

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  4. Em relação ao critério fonético, já se escreveu "çapato" (e "pharmácia") e hoje em dia ninguém questiona essas alterações.

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  5. Em relação ao critério fonético também já se escreveu "çapato" e hoje em dia ninguém questiona a "nova" grafia.

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  6. E o concerto num "placard" de um sapateiro?
    E o "á" mto tempo? Escrito por mtos, até educadores prof?
    E os fins- de-semanas?
    E o por causa que?
    E o Hífen? Que tem que ser traduzido como "tracinho" na n/ TV?
    E o circunflexo q é um chapéu?
    E... e...
    Mto + que os ditos drs dizem sem saber como o dizer.
    A aderência do público foi mta. Só a super cola 3. :-)
    Custa-ma aderir ao novo AO. E vai ser difícil. Mas, antes disto e agora, já há, não "hádem" muitos erros que os estudantes nunca vão corrigir, porque nunca vão ser corrigidos.

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  9. O argumento 5 a favor do AO é completamente imbecil ! "O A.O. tem contribuído amplamente para a criação e o aperfeiçoamento de uma série de recursos fundamentais da língua portuguesa que até agora eram inexistentes." Recursos fundamentais ? Quais ? Parece linguagem de político, que fala, fala e não diz nada !

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  10. "Unificação" da escrita??? Mas ainda não repararam que o AO veio criar uma séria de novas diferenças, duplas grafias e as incríveis "facultatividades", que fazem que praticamente deixe de haver uma norma ortográfica. É a lei do "vale tudo", das confusões, e mais desunificação que unificação. Este AO só foi útil para dar lucros chorudos a algumas editoras e a quem a elas estiver ligado. Vantagens para o público = 0.

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