A “nossa” Mafalda descobriu este erro ortográfico, que teve a amabilidade de nos enviar. É daqueles que passam despercebidos a muitos falantes, sobretudo àqueles que confessam ter muitas dúvidas sobre acentos gráficos.
Contudo, as regras de acentuação gráfica em português são poucas e quase todas lógicas e naturais. E para as compreender basta saber que os acentos (agudo e circunflexo) servem para indicar qual é a vogal tónica (a que se pronuncia com mais “força”), nos casos em que poderia haver dúvidas.
Em anuncie, é descabido colocar o acento agudo na vogal “u”, que NÃO é tónica nesta flexão do verbo anunciar. Em anúncio, sim, o “u” é a vogal tónica e a palavra leva acento gráfico por ser esdrúxula. Só assim não será pronunciada como anuncio, primeira pessoa do verbo anunciar no Presente do Indicativo!
Os amigos da Mafalda riram-se da sua mania de encontrar erros em todo o lado. Com efeito, a nós, que queremos bem à nossa língua, dizem-nos: “Lá estás tu!... que mal é que tem um acento a mais ou um acento a menos?...” Mas a todas as pessoas que escrevem, imprimem e afixam textos com erros ortográficos ninguém se lembra de dizer: “Lá estás tu! Então não consultaste primeiro o prontuário ortográfico?”
A Mafalda é tão prendada :p
ResponderEliminarHá erros que só de ver arrepiam!
Beijinhos
Professora, uma dúvida que me tem feito pensar, mas cuja resposta não consigo encontrar: qual a regra que usamos para dizermos "em" ou "na/no", antes de cidades, países... Ou seja, porque é que dizemos "O evento foi no Brasil" e não "O evento foi em Brasil" e "A festa aconteceu em Lisboa" em vez de "A festa aconteceu na Lisboa".
ResponderEliminarApesar de muitos de nós não sabermos porquê, acabamos por adequar o nosso discurso intuitivamente em frases deste género, recorrendo, quando pensamos nisso, ao "soar bem".
Porquê? Há algumas(s) regra(s)?
Eu aprendi na Drave que se dizia: "estou na Drave" do que "estou em Drave" e "fui à Drave" e nao "fui a Drave". Um erro que dava e que aprendi a força que nem sempre o que soa melhor o é.
ResponderEliminarÉ preciso haver assento
ResponderEliminarNestas coisas do acento,
Ou há pancadas a cento...
Lamento, Tãnia, mas esse é daqueles aspectos da gramática em que há mais excepções do que regras, ou seja, não há propriamente regras. E não é só em Português! Nestes casos, devemos confiar no nosso "ouvido" e, sobretudo, no uso. Ao contrário do que sucede com outros aspectos da utilização da língua, o mais correcto, nestas construções, será sem dúvida o que é mais frequente ouvir-se. E é raro haver divergências entre os falantes, mas lembro-me pelo menos de uma: trata-se de uma localidade em Portugal chamada Lourel. Há quem diga "no Lourel" e quem opte por "em Lourel"!
ResponderEliminarOk :) Obrigada.
ResponderEliminarNo que respeita a topónimos, Edite estrela explicou uma vez na TV que o artigo se utiliza quase sempre quando o nome da terra é um substantivo. Assim, diz-se "estíve na Régua, no Porto, no Peso, etc. Em caso contrário, diz-se "em Lamego, em Lisboa, em Guimarães.
ResponderEliminarEstou certo ou estou errado?
Mas tendo em conta que são todos substantivos, o problema é o grande número de "casos contrários" à suposta regra!...
ResponderEliminarCorrecção. Quando disse substantivo, estava a pensar em objecto, utensílio, instalação, etc.
ResponderEliminarComo sabe, os meus conhecimentos gramaticais, para lá de serem dos tempos da "outra senhora", já estão muito desvanecidos. E já não me lembro sequer qual foi o termo que a E. Estrela utilizou.
deprofundis, o que disse tem uma certa lógica, realmente...
ResponderEliminarMas pensando bem, depois aparece "no Canadá", "na Alemanha", "na Amadora"... não são bem substantivos concretos.
Ou seja, não se aplica a todos.
Sei lá... Que confusão :)
Amadora é uma mulher que ama. Também pode ser uma jogadora de golfe, por exemplo, que não é profissional. Um substantivo bem concreto e... bem bom!
ResponderEliminarPensei que estavamos a falar de topónimos!
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